Debate Direito à Cidade em Caruaru
A provocação principal era chegar ao encontro para questionar quem seria contra a ciclovia de domingo. ‘Dito e feito’. Fomos os primeiros a levantar o braço. Terminantemente contra. Ciclovias e calçadas com manutenção em dia precisam ser permanentes e não apenas para os bairros melhor urbanizados, afinal, há décadas que os principais usuários estão nas periferias, caminhando e pedalando todos os dias, basta caminhar 200 metros pela cidade para experimentar e enxergar melhor as dificuldades dos usuários.
Com o discurso que traz à luz a inquietação dos cidadãos sobre a anulação do direito de escolha no ir e vir e no modo de morar com conforto, segurança e autonomia tivemos a chance de convidar os participantes a pensar no processo de construção das cidades.
Para ir mais além pudemos levantar questionamentos de como transformar os centros urbanos em espaços característicos para a divisão de pensamentos, ideias e menos consumo, com mais áreas integradas aos verdes e azuis do território, dotadas equipamentos de esporte e lazer livres para todos. Foi um primeiro encontro para pensar em como convidar os cidadãos para viver a cidade.
Tâmara Maysa - Arquiteta do Lazo Arquitetura